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Quais os impactos dos aditivos químicos?

Por Nutricionista Oncológica Giovanna Potrick (CRN2 12350) | @nutrigiovannapotrick

Eles estão em praticamente todos os produtos industrializados e, se não fosse a presença deles, muito do que a gente compra no supermercado não duraria a metade do tempo nem teria o sabor e a aparência que gostaríamos de consumir. Sim, são os aditivos alimentares.

A classificação NOVA organiza os alimentos em quatro categorias: Alimentos in natura ou minimamente processados, Ingredientes culinários processados, Alimentos processados e Alimentos ultraprocessados. Os alimentos ultraprocessados geralmente são adicionados de corantes, aromatizantes, emulsificantes, espessantes e outros aditivos que imitam o sabor do alimento original, alteram a textura e cor do alimento, ajudam a disfarçar características indesejadas no produto final e permitem que a indústria crie produtos altamente lucrativos com ingredientes de baixo custo e longa durabilidade.

A conveniência de serem não perecíveis, prontos para consumir e hiperpalatáveis (sabor de alta intensidade) ganham vantagem sobre os outros grupos de alimentos. Uma mudança importante na nossa alimentação desde o século XX é o consumo crescente de aditivos alimentares que são incorporados em quase todos os alimentos processados e ultraprocessados. Eles estão presentes em produtos de uso diário, principalmente em pães produzidos em série, petiscos doces ou salgados embalados, refrigerantes e bebidas açucaradas, frios embutidos e comidas congeladas empanadas e pré-fritas. 

Quais os malefícios de consumir produtos com aditivos químicos? 

Estudos recentes têm demonstrado uma associação do consumo de alimentos ultraprocessados com a incidência de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, depressão, câncer e com a menor expectativa de vida. 

Como fugir dos aditivos químicos sem abrir mão da praticidade?

Ler o rótulo é extremamente importante para entender o que estamos consumindo e então fazer escolhas mais conscientes. Os consumidores estão mais exigentes e em busca de alternativas mais saudáveis, por isso o mercado tem oferecido diversas opções de produtos industrializados e saudáveis, também chamados de “clean label”, ou seja, rótulo limpo. Produtos clean label tem como objetivo informar com clareza e simplicidade a composição de determinado alimento. O conceito do rótulo limpo vem para entregar aos consumidores alimentos mais naturais, sem corantes, conservantes, adoçantes artificiais e focando em uma alimentação livre de transgênicos e sustentável.

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Carboidratos: vilões ou mocinhos?

Por Nutricionista Deise Cararo (CRN2 11130)
Nutricionista funcional | @nutrideisecararo

É muito provável que os carboidratos tenham presença garantida em alguma refeição do seu dia ou em todas elas. Por isso, é importante saber quais são as funções e a importância do ponto de vista nutricional, desse grupo de alimentos.

Há algum tempo os carboidratos ocupam o centro das atenções e geram muitas dúvidas. Dietas como a keto, paleo e low carb são caracterizadas por eliminarem quase todos os alimentos fontes de carboidratos. Mas afinal, este grupo alimentar é o vilão da dieta? Carboidrato engorda? É importante ter carboidrato na alimentação? O que acontece se eu não comer carboidrato?

Se você também tem essas dúvidas, confira!

O que são carboidratos? 

Muitos alimentos que compõem o nosso cardápio são fontes de carboidrato. Eles são encontrados em cereais e grãos como trigo, milho, arroz, aveia, centeio, cevada (pães, bolos, massas, biscoitos, pizzas…), nas raízes e tubérculos como batata, mandioca, batata-doce (farinhas de mandioca, tapioca, purês…), nas frutas e açúcares (mel, açúcar, doces, bombons, chocolates, tortas…). 

A principal função dos carboidratos é proporcionar energia para realizarmos as tarefas do dia a dia. Ele funciona como um combustível para o nosso corpo e é essencial para o funcionamento do cérebro. 

Mas os carboidratos engordam? São os vilões? 

Nos últimos anos eles passaram a ser considerados os vilões de dietas de emagrecimento, com a crença de que os carboidratos engordam. 

Porém, o que engorda não é o carboidrato, e sim a quantidade calórica total de tudo que foi consumido. Nenhum alimento é responsável por gerar aumento de peso (e nem redução), o que conta é o contexto alimentar. 

Sim, existe uma infinidade de opções de carboidrato e é possível que o que falta na tua alimentação seja equilíbrio e boas escolhas. 

Como fazer boas escolhas? 

O grande problema do consumo de carboidratos pode estar na quantidade e na qualidade, com consumo exagerado de carboidratos refinados, açúcares, doces… 

  • Prefira os carboidratos integrais, são opções também ricas em fibras que ajudam no bom funcionamento intestinal e na saciedade prolongada, o que é muito interessante para quem busca emagrecimento;- Dê preferência para alimentos in natura, comida de verdade, aqueles que você descasca mais e desembala menos. Quanto mais natural for, melhor para a sua saúde; 
  • Mantenha uma proporção adequada. Seu corpo precisa de carboidratos, mas não só de carboidratos. Componha as suas refeições com boas porções de vegetais, verduras, legumes, frutas, proteínas magras e gorduras boas;
  • Evite um consumo exagerado de doces, refrigerantes, sucos industrializados, açúcares, bolachas industrializadas, bolos…; 

Qual a importância de uma alimentação que inclua carboidratos? 

Além de serem a principal fonte de energia para o corpo e para o cérebro, os carboidratos são essenciais para a saúde. São fontes de fibras que auxiliam na saúde cardiovascular, intestinal e na saciedade. São importantes para a regulação do humor e bem-estar e são necessários para construir massa muscular. 

O que acontece quando você faz uma restrição de carboidratos? 

Cortar carboidratos da sua alimentação pode não ser interessante para a saúde, pois pode levar a redução no consumo de vitaminas, minerais, fibras, compostos bioativos e antioxidantes, principalmente se estivermos falando das frutas e legumes. 

Alguns dos problemas relacionados ao corte de carboidratos da alimentação:

  • Falta de energia;
  • Aumento da ansiedade;
  • Oscilações de humor: você sabia que os carboidratos contribuem para a produção de serotonina, hormônio do bem-estar? 
  • Constipação, devido a redução de fibras;
  • Perda de massa muscular, afinal se você não fornece energia para o seu corpo, ele pode buscar nos seus músculos;
  • Baixa adesão à dieta, podendo levar a um consumo exagerado. 

Lembre-se, o nosso corpo funciona em equilíbrio, nenhum excesso ou restrição total fará bem à nossa saúde.

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Desvendando as proteínas vegetais

Por Nutricionista Tanara Pastore (CRN2 12522)
Nutricionista clínica funcional | @tanarapastorenutri

Quais as principais funções das proteínas?

As proteínas são macronutrientes formados pela junção de aminoácidos essenciais e não essenciais. Elas apresentam como principais funções no organismo a construção e elasticidade dos tecidos; transporte de substâncias; composição de anticorpos e até a regulação e composição de hormônios.

Ao contrário de carboidratos ou gorduras que podem ser armazenados no corpo para uso futuro, os aminoácidos não utilizados (proteínas) são excretados. Por isso, seu consumo fracionado é importante para obtenção de bons níveis proteicos

Diante de tantas funcionalidades, a importância de incluir alimentos ricos em proteínas na alimentação fica evidente, certo? E isso pode ser feito tanto através de alimentos de origem vegetal quanto animal, e também pela suplementação.

Quanto devemos consumir de proteína por dia?

A recomendação atual da ciência para ingestão diária de proteína de 0,8 gramas/kg de peso corporal (cerca de 62g de proteína por dia para uma pessoa de 77,5kg) está sendo revisada. Dependendo da atividade, idade, condição clínica, a necessidade de proteína pode variar de 0,8 a 2,2 gramas de proteína por quilo de peso. 

Se a intenção é o ganho de massa muscular, as recomendações podem variar de 1,2 a 2,0 gramas por quilo. Já para os atletas, de 1,4 a 2,2 gramas por quilo de peso corporal são mais adequadas. 

Quais os benefícios de consumir proteínas vegetais?

Ao falar sobre alimentos ricos em proteínas, é comum lembrar daqueles de origem animal, como carne, queijos, ovos, leite, entre outros. Em suma, esses alimentos são conhecidos por apresentar uma boa quantidade do nutriente na composição, e muitas vezes, os vegetais ricos em proteína acabam ficando em segundo plano como fonte proteica.

Por outro lado, a verdade é que a proteína vegetal não é uma excelente opção apenas para veganos e vegetarianos. Elas podem compor o prato de todos, e quando combinadas com outros nutrientes ou vegetais, entregam mais benefícios do que você imagina.

Vale lembrar que as proteínas vegetais possuem os mesmos aminoácidos que a animal, portanto exercem as mesmas funções independente da fonte ser de origem animal ou vegetal. 

Quem consome carne e outros alimentos de origem animal, ao incluir proteínas vegetais na dieta, ganha uma contribuição nas funcionalidades e sínteses do corpo. Isso acontece pela riqueza de nutrientes que os vegetais costumam apresentar, além da porção proteica. 

Cada fonte vegetal de proteína tem um perfil diferente de aminoácidos, em que alguns aminoácidos podem estar presentes em maiores quantidades enquanto outros nem tanto.  Por isso, combinar diferentes fontes de proteína vegetal é uma estratégia alimentar que beneficia a produção proteica, já que uma vai compensar a outra.

Um exemplo é a clássica combinação de arroz e feijão. O aminoácido metionina, que é comum no arroz, não é encontrado nas mesmas quantidades no feijão. Já a lisina, outro importante aminoácido, está presente no feijão, e há pouca quantidade no arroz.

Dentre os benefícios da proteína vegetal destaca-se a saciedade, já que estas estão associadas às fibras. Além das fibras, as proteínas vegetais apresentam maior quantidade do aminoácido fenilalanina, que é capaz de diminuir o apetite sinalizando ao nosso cérebro que já estamos satisfeitos.

Também possuem um alto teor de antioxidantes e fitonutrientes trazendo benefícios para saúde e colaborando inclusive para melhor recuperação muscular em atividades de alta intensidade.

Diante destes outros compostos, uma dieta rica em vegetais pode:

  • Beneficiar a saúde cardiovascular;
  • Prevenir o desenvolvimento de diabetes e resistência insulínica;
  • Contribuir com a diminuição da pressão sanguínea;
  • Níveis mais baixos de estresse oxidativo, gordura corporal e colesterol;
  • Melhorar a saúde da pele;
  • Prevenir doenças degenerativas;
  • Favorecer a saúde intestinal;
  • Evitar condições inflamatórias.

O consumo de proteínas vegetais foi apontado como um dos principais Food Trands de 2021 e se destacam como alternativa à fontes animais para incluir o nutriente no plano alimentar e são um fenômeno cada vez mais popular. Nesse caminho, a demanda por produtos à base de proteína vegetal está se expandindo rapidamente, ganhando outros adeptos, além de veganos ou vegetarianos.

Desse modo, a substituição da proteína de carne e laticínios por outras fontes com base nas plantas é uma forte tendência acompanhada da atenção crescente aos impactos no meio ambiente e a demanda com a sustentabilidade. Deste modo, novas técnicas são implantadas nos processos da indústria alimentícia para atender a necessidade em expansão.

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Descubra a incrível conexão intestino cérebro

Por Nutricionista Daniele Lauck Pedroso (CRN 10242P)
Formada em Modulação Intestinal e pós-graduanda em Fitoterapia e Substâncias Bioativas – @nutridanilauck

Você sabe o porquê do intestino ser considerado nosso 2º cérebro?

As funções do nosso intestino vão muito além de digerir e absorver nutrientes. Há uma comunicação direta entre o sistema nervoso central e o trato gastrointestinal.

Temos um número enorme de neurônios no intestino e sua complexa comunidade microbiana influenciam no nosso bem-estar geral.

A serotonina, conhecida como o hormônio da felicidade, é um neurotransmissor que atua no cérebro, por isso é essencial para nossas funções vitais. A maior parte da serotonina do corpo (entre 80% e 90%) é encontrada no trato gastrointestinal.

Um intestino com qualidade e quantidades adequadas de bactérias é capaz de melhorar o humor, absorção de vitaminas, produção de energia, auxiliar na manutenção de um peso saudável, entre outros benefícios que ainda estão sendo estudados por pesquisadores, como por exemplo, a melhora de funções neurológicas.

Quando as bactérias intestinais estão em qualidade e quantidades inadequadas, o organismo pode dar alguns sinais de alerta e desenvolver alguns sintomas desagradáveis, como:

  • Distensão abdominal;
  • Retenção de líquidos;
  • Azia;
  • Prisão de ventre;
  • Gases em excesso;
  • Vômitos;
  • Digestão lenta;
  • Candidíase de repetição;
  • Intolerâncias e sensibilidades alimentares.

Hábitos saudáveis para incluir no dia a dia e manter a saúde do intestino:

  • Prezar por uma alimentação o mais natural possível;
  • Beber a quantidade de água adequada;
  • Evitar consumir alimentos e temperos industrializados que contenham aditivos, como: conservantes, corantes, realçador de sabor, etc. Prefira sempre industrializados “clean label” (produzidos com ingredientes naturais).
  • Praticar atividades físicas regularmente e de preferência ao ar livre;
  • Ter um sono de qualidade;
  • Manejar o estresse;
  • Evitar o consumo de açúcar;
  • Consumir fibras solúveis e insolúveis vindas de frutas, vegetais, grãos, sementes e raízes;
  • Variar a ingestão de alimentos, quanto mais variada for a sua alimentação, melhor será sua microbiota (bactérias intestinais).
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Aprenda 4 truques que vão te viciar em salada!

Tá difícil incluir salada na rotina?

Se os seus problemas forem: “não gosto do sabor.”, “acho sem graça.”, “preguiça de lavar.” ou “as folhas murcham muito rápido.”, nós podemos te ajudar!

1) Molhos

Se você não gosta de salada é porque ainda não descobriu o poder dos molhos. O molho é aquele toque mágico que dará personalidade para a sua salada. Confere as dicas:

Mostarda e Melado

Misture 3 colheres (sopa) de azeite extravirgem, 2 colheres (sopa) mostarda e 1 colher (chá) de melado.

Gergelim Torrado

Bata 2 colheres (sopa) de azeite extravirgem, 1 colher (chá) de vinagre de maçã, 1 colher (chá) de tahine, 2 colheres (sopa) de sementes de gergelim torradas e 1 pitada de sal.

Nozes e Limão Siciliano

Bata 2 colheres (sopa) de azeite extravirgem, 1 colher (sopa) de suco de limão-siciliano, 2 colheres (sopa) de oleoginosas (amendoas, castanha-de-caju, nozes), 1 colher (sopa) de água e uma pitada de sal.

2) Ingredientes

Diversifique em texturas e sabores, assim você nunca vai enjoar. Coloque pitadas doces e crocantes para uma experiência muito mais saborosa.

Pitadas Doces

– Frutas secas (damasco em cubinhos, passas, berries).

– Frutas in natura (manga, abacaxi, figo, morango).

– Raspas de coco.

Pitadas Crocantes

– Sementes (semente de abóbora, gergelim, pepita de girassol).

– Crispies de cebola, milho, quinoa.

– Nuts (castanha de caju, amêndoas, nozes, pistache).

3) Hora de Lavar

A vida com planejamento fica mais fácil.

Se toda hora que você quiser comer salada você precisar lavar, a chance de você desistir é grande, então, assim que chegar do mercado ou da feira, já coloca a salada de molho na água fria com algumas gotinhas de desinfetante específico para lavar salada.

4) Secar e Armazenar

Invista em uma centrifuga de salada.

Você encontra no mercado diversos tipos que variam de R$30,00 a R$300,00. Tirar o máximo possível de água das folhas aumentará e muito a vida útil das hortaliças. Caso ainda fique um pouco de umidade, na hora de armazenar, coloque umas folhas de papel toalha em contato com a salada para absorver.

Armazene em um pote com tampa.

De preferência um pote hermético. Assim o frio da geladeira não queimará as folhas e elas se manterão fresquinhas por mais tempo.

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